Green Rio: Comitê de Bacia da Baía da Ilha Grande participa de debate sobre impactos e avanços conquistados por importantes colegiados do Rio de Janeiro


Luis Paulo Nascimento, Diretor-Geral do CBH-BIG; Rejany Ferreira dos Santos, diretora-presidente do CBH-Baía de Guanabara; e Antonio Mendes, AGEVAP

O evento, que precede o G20, trouxe pela primeira vez um painel sobre Economia Azul e promoveu o debate sobre turismo predatório e a importância da criação de um gerenciamento costeiro

A gestão de importantes Comitês de bacia do Rio de Janeiro, como Ilha Grande, Guandu e Baía de Guanabara, foi tema de um dos painéis do Green Rio, realizado ontem (31/10), na Marina da Glória. O evento, reconhecido como Iniciativa Rio Capital do G20 pela Prefeitura do Rio, abordou as principais questões encontradas pelos Comitês, como comunicação com a sociedade e uso correto dos recursos hídricos.

Luis Paulo Nascimento, diretor-geral do CBH- BIG, reforçou pontos cruciais aos três Comitês, como os danos causados pelo turismo predatório e o quanto a população e os governos podem auxiliar neste processo. “Paraty e Angra dos Reis são locais muito turísticos e temos uma população flutuante que pode até mesmo quadriplicar em alguns períodos. Avançamos muito com a criação do Comitê da Ilha Grande, temos um manual operativo e conseguimos evoluir em questões práticas como o saneamento em aldeias indígenas. Mesmo com importantes avanços, o território ainda carece de investimentos em infraestrutura e ainda sofre com questões básicas, como a falta d’água. Paraty, por exemplo, ainda não tem esgotamento sanitário. Estamos falando de grandes investimentos, mas algumas simples já auxiliariam neste processo. Se você reduz a quantidade de lixo jogado nas baías, por exemplo, já está ajudando muito”, alerta o presidente.

Pela primeira vez, a Economia Azul também esteve em pauta em um espaço alternativo desenvolvido pela SEAS (Superintendência de Recursos Hídricos) e os participantes debateram sobre o tema. As cidades que correspondem o BIG, por exemplo, possuem um turismo náutico intenso, trazendo impactos para todo o ecossistema da região. “Todos os Comitês do Rio de Janeiro já têm seus planos de recursos hídricos e o próximo passo seria o desenvolvimento de um gerenciamento costeiro, para que possamos mapear a região como um todo e evitar maiores danos. Temos esta expectativa e recursos para avançarmos nesta pauta em 2025”, reforça Luis Paulo.

Sobre o CBH- BIG:
Com sede em Angra dos Reis, o Comitê de Bacia Hidrográfica da Baía da Ilha Grande (CBH BIG) possui importantes atores em sua composição, como as prefeituras de Angra dos Reis e Paraty, a empresa Águas de Paraty e instituições de ensino e pesquisa como a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e a Universidade Federal Fluminense (UFF). Ao longo de 13 anos de atuação, o BIG já esteve à frente de importantes projetos, como o Saneamento Ecológico da Aldeia Araponga, desenvolvido pelo Observatório de Territórios Sustentáveis e Saudáveis da Bocaina (OTSS) em parceria com o Fórum de Comunidades Tradicionais e a Fiocruz. Ao todo, foram investidos aproximadamente R$ 137 mil, recurso do Fundo Estadual de Recursos Hídricos, deliberado pelo Comitê para a construção de cinco banheiros individuais, que contam com sistema de saneamento ecológico. A instalação de 181 biodigestores também merece destaque, sendo 81 em Angra dos Reis e 100, em Paraty, totalizando um investimento de mais de R$ 330 mil. Os equipamentos, adquiridos pelo Comitê de Bacia da Baía da Ilha Grande, permitem a coleta e tratamento de cerca de 160 mil litros de esgoto por dia, atendendo 1.600 pessoas.

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